sexta-feira, 16 de março de 2007

Aprendizado

Hoje eu me peguei pensando em algumas coisas que ouvi minha mãe falando enquanto eu dormia; na verdade, o que ela me disse me fez repensar e muito nas minhas atitudes em relação ao Arty e me fez chegar a um senso comum do meu comportamento: eu sou mais irracional que meu cachorro.
Há dias o Arty tem aprontado algumas aqui em casa e paciência nenhuma com ele. Desde pequeno ele fora acostumado com muito carinho e muita atenção, de alguns dias pra cá, com o nosso egoísmo latente, preocupando-nos com nossos umbigos, esquecemos ou deixamos de lado um serzinho que não sabe falar o que sente ou o que pensa, e que é uma vida e, por que não dizer, uma criança eterna sob nossa responsabilidade e sob nossos cuidados.
Sempre repudiei a atitude de algumas pessoas que maltratam os animais, os carroceiros com sua gana por dinheiro e seu "excesso de falta" de paciência com "seus" cavalos, jumentos e afins, chicoteiam-os para que estes possam se apressarem nessa corrida louca. Um dia desses mesmo, eu passando de ônibus vi uma cena horripilante: um dono de carroça batendo no seu animal com um facão...Muito triste...
Sempre observei na rua e me esqueci do "dentro de casa"...e hoje parei para pensar e descobri que sou tão asquerosa e repudiável quando os donos de carroças...Isso aqui é nada mais que um desabafo e por ser tal, acho que nada melhor que ser sincera com meus sentimentos, lema esse que procuro seguir a risca...
O Arty aprontou algumas coisas e eu bati nele por duas vezes...e nunca mais tinha dado carinho para ele o tanto que dei a até um mês e meio atrás, e hoje enquanto estava sendo acordada pela minha mãe, ela comentou algo como "Filhota, acho que o Arty estava mesmo ressentido conosco...às vezes me aproximo dele, e ele se encolhe...de ontem pra hoje, que eu não briguei com ele, ele tá mais felizinho e se aproximando mais de mim e deixou de aprontar"...quando ela disse isso, eu virei pro outro lado e dormi de novo, mas de certa forma isso não saiu da minha cabeça; quando finalmente levantei, eu pensei no que a minha mãe tinha me falado mais cedo, e vi o quão animal, egoísta, insensível, repugnante e outras milhares de palavras ruins que pudessem definir o que eu era por minhas atitudes em relação ao Arty...
Pois bem, eu passei o dia pensando nisso tudo e realmente pude perceber muita melhora no comportamento do Arty comparado aos outros dias...e resolvi deixar meu irracionalismo sem sentido de lado e dar o amor e carinho que dava para esse serzinho importante demais que me consola na solidão e saudade, que me atenta quando estou séria, que quer brincadeira sempre...
Todos podem achar que é uma bobagem, e eu respondo "E daí?"...
obrigada...beijoss e abraços...

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