terça-feira, 29 de setembro de 2009

Metade

Confesso que ando tão away...Meus pensamentos andam tão embaralhados, mas eu andei lembrando de um poema de Oswaldo Montenegro que chama "Metade".


Metade

Composição: Oswaldo Montenegro

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio

Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.

Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.


[Olhos doces, Você tem me feito muito feliz...]

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Hoje eu tive medo...

Hoje eu vi uma das minhas melhores amigas chorar. Um choro sincero, uma dor insistente. Eu vi, nos olhos dela, o nó na garganta e a dor no peito. Eu vi seus olhos cheios de dor. Eu via razão e sensatez em pessoa chorar. Eu me senti sem chão, impotente. Eu nunca tinha visto tanta dor nos olhos daquela menina doce, não por alguém, no máximo, por uma briga em casa mas, mesmo assim, ela se mantinha forte. Isso tudo mexeu muito comigo, confesso. Não há como não mexer por que eu sei bem o que ela está sentindo, por saber como é estar lá é que não queria que ela sentisse o mesmo. Ela está desacreditada do amor, também, pudera, serzinho escroto esse dela que não sabe o quer [sim, você vão ver meu ódio mortal por pessoas indecisas] aliás, ela sabe o que quer, quer alguém que a fique pajeando, que esteja pra ela a hora que bem entenda. Por existem pessoas egoístas a esse ponto?! É algum tipo de sadismo? Fazer, notoriamente, sofrer por seu bel-prazer? Parece que não se conforma em ver o outro se reeguer e tem que ir lá e destruir tudo, e pior, de novo!? E pra acabar com tudo, procura no dia seguinte, como se nada tivesse acontecido [realmente não aconteceu...] dizendo palavras doces, depois de uma sequencia de atitudes secas, que não condizem com a "realidade" dita ao telefone?! Não já chega!?
Sim, eu vi minha amiga chorar, e isso mexeu demais com minha cabeça. Eu me revolto com isso.

[Amiga, já te negligenciei muito, mas independente de tudo e todos, eu vou estar aqui, ai, acolá, sempre! SEMPRE!!!!]

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Nostalgia




Boa tarde...Feriado suave, quente, ventilado...aconchegante. Resolvi pôr minha playlist para tocar na ordem aleatória. Passei a manhã pensando nas minhas "memórias de adolescente". Aliás, essa semana toda tem sido meio nostálgica, revirei minha caixinha de recordações, por algumas vezes, na tentativa de encontrar algum conforto. É engraçado, eu li as cartas das minhas amigas da época de escola, quando a gente fazia "juras de amor eterno" ou sofríamos como se mundo acabasse por aquele carinha descolado, de uma séria acima da nossa. (Risos). Nossa, eu lembro claramente de um período que morei longe da minha cidade natal, quando conheci novas pessoas, na época eu achei o fim por que foi cortado o "cordão umbilical" com os amigos de infância, em compensação, foi uma fase que eu não sei se teria vivido com a mesma atenção que vivi na outra cidade. Hoje em dia eu sorrio das coisas que aconteceram, das "macaquices", dos choros desesperados, das experiências, da primeira "pisa"...Ontem eu mostrei a uma dessas minhas amigas de escola, pelo WEBCAM, claro, fotos e algumas cartas que ela havia escrito para mim. Ela riu tanto e pediu que eu scanneasse as coisas e mandasse pra ela. Claro, ela vai ver a foto do que escreveu há...7 ou 8 anos atrás. Nossa! Já se passaram 7 ou 8 anos!? A vida passa tão depressa...Minha adolescência passou e eu nem vi direito. Agora estou entrando no mundinho dos adultos. Você, meu leitor querido, deve estar se perguntando: "Hoje é o aniversário dela? Por isso tanta nostalgia?", e a resposta é "não, amado"...Hoje não é meu aniversário, hoje só é uma tarde de setembro, uma tarde ventilada e quente de setembro...Uma tarde suave e musical de setembro..7 de setembro não é só um feriado para mim, é uma data que marcou uma época na minha vida...Por mais que, na época, eu não tenha dado tanta importância assim, o amadurecimento pessoal me fez perceber que tem a sua importância. Hoje eu estou aqui e vou curtir minha tarde, refletir sobre minha adolescência. "Mas, Carlinha, por que voltar a adolescência?". Eu respondo com uma outra pergunta e uma afirmação: 1 - Por que não voltar a pensar a um passado que foi bom?! e 2 - Um presente bem vivido é sinal de um passado bem resolvido... Capicce?! Hoje eu vou curtir a minha nostalgia, sorrir e chorar. Me perdoem os que desaprovam, mas hoje eu vou ser adolescente de novo.

beeeijosss

domingo, 6 de setembro de 2009

Confortável...


Tá bem, eu desisto...me entreguei...eu estou confortável. Eu me rendi a ele. Me tome pela mão, me abrace, me leve pra junto de ti.