domingo, 24 de janeiro de 2010

O Haiti, realmente, não é aqui...

Bom, muito não sabem que o Haiti foi meu objeto de estudo durante a elaboração do meu trabalho monográfico. O tema é muito polêmico em razão do foco que foi dado, direcionado para as missões de paz da ONU que se destacaram ao país com a finalidade de prestar assistência em todos âmbitos - desde as funções mais básicas de administração como o fornecimento de segurança, saúde, educação, alimentação, até problemas mais concretos relacionados às forças paramilitares atuantes naquele país desde sempre.
Para quem não sabe, a problemática do Haiti, assim como muitos países considerados de "3º mundo" não surgem de ontem ou antes-de-ontem. Na verdade, o problema, durante todos estes anos, desde a colonização do país, só vem aumentando.
Não bastasse a miserabilidade que o país enfrenta, justificado pelos regimes ditatoriais e pela instabilidade dos regimes democráticos, somada às forças beligerantes que assassinavam sumariamente qualquer pessoa ligada ou simpatizante do presidente que foi democraticamente eleito, em 1990, no auge da crise, Padre Jean-Bertrand Aristide.
As condições sanitárias e de vida da população é paupérrima: vivem no extremo da pobreza, misturados à lixo e esgoto, dividindo o pouco de comida que conseguem com animais. O Haiti, e a região que ele ocupa (a porção Caribenha, conhecida como "Ilha Hispaniola"), sempre foi muito conhecido pelas tempestades tropicais e pela devastação que estas trazia consigo, o que para este país, em particular, dificulta muito o trabalho das missões humanitárias pois, não bastasse a preocupação na tentativa de estabilizar um país em estado crítico como este, os desastres naturais vinham bagunçar o que já havia sido construído ao longo de anos como muito trabalho e incentivo internacional.
Exemplo disto, foram os dois terremotos devastadores ocorridos nos dias 12 e 20 de janeiro, que devastaram a Capital Porto Príncipe deixando cerca de 150 mil pessoas mortas. Foi o episódio natural mais triste durante a história do Haiti. Estima-se que reconstrução do país acontecerá em 10 anos. Durante minha pesquisa, percebi que a ONU, ao contrário do que muitos pensam, havia executado muito bem os trabalhos de intervenção, nos sentido de promover o desenvolvimento sustentável do país, contudo, a este triste fenômeno desmantelou os quase 20 anos de missão de intervenção e quase 6 anos de MINUSTAH.
Eu fico muito triste, não só como pessoa, mas como pesquisadora, tendo em vista que a MINUSTAH é uma missão da ONU inovadora, já que foi a primeira missão completa e multifuncional, atendendo desde a reconstituição da administração do país, até a renovação de força policial, tentando fornecer saúde, educação e incentivo para que o país pudesse caminhar com suas pernas.
Muitos criticam os trabalhos que a ONU desenvolve, argumentando que seria mais uma força estaunidense (ponto este que eu discordo veementemente ) para intervir ao seu bel-prazer em Estados soberanos. Por mais podres que os EUA possam ser, por mais cretinos, dê você uma solução para este problema, tenha peito e dinheiro para solucioná-lo. Claro que é necessário a ajuda da população, é preciso que o presidente eleito se disponha a ser ajudado, é preciso combater a corrupção da polícia do país e combater uma série de outros problemas de fundo. O estado é realmente crítico
A situação do Haiti e os trabalhos de estabilização e manutenção do país não se resumem à este texto, pelo contrário, poderia passar noite e dia falando e argumentando.
Termino meu post parafraseando a Veja, quando citou em sua matéria o filósofo Ernest Renan que disse: "No que se refere às memórias nacionais, os lutos são mais valiosos que os triunfos, por que eles impõem obrigações e exigem um esforço em conjunto".


Beijos

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Minhas congratulações

Bom dia, meus queridos...
Como estamos?! Espero esteja tudo maravilhoso para complementar essa maravilhosa manhã de quinta.
Título de post estranho, não é?! Nem tanto. A historinha da minha vida acadêmica está mais para novela mexicana, que uma graduação em si; o primeiro capítulo, foi o orientador que se recusou a assinar minha monografia no primeiro semestre de 2009, por que ele iria viajar na semana que antecedia o depósito e não poderia me orientar; daí, lá fui eu repetir o semestre por conta de monografia. Imaginem o fuzuê que foi: choro, briga (sim, meus pais, que pagam minha faculdade, brigaram comigo por que entenderam que a culpa fosse estritamente minha), desespero...Daí, fomos repetir o semestre. Tudo caminhava lindo, e meu orientador, muito" presente" como sempre, queria me fazer cair nas graças de repetir o novo semestre. Por força de uma divindade de coração puríssimo, caiu um anjo em minha vida que muito me ajudou MUITO a queimar esta etapa da monografia. No dia defesa, muito nervosismo, eu defendi meu trabalho, minhas idéias, minha pesquisa, meus pontos de vista muito bem; durante a arguição estava muito tranquila e atendi muito bem ao que a banca queira, resultado de todo esse esforço?! Muito elogios ao meu trabalho e um belo 9,0 (sim, eu não esperava...). Ironicamente, o meu trabalho era sobre Direito Humanitário, voltado para situação do Haiti, que sempre foi um país que despertou minha curiosidade.
Depois da monografia, foi só alegrias, choros, comemorações...Bem, não foi tanto assim...Na semana seguinte eu colei grau a custa de muito suor e muita aflição. No dia anterior a colação, a minha faculdade, aliás, uma pessoa da coordenação próxima minha, me ligou perguntando se eu não iria colar grau no dia seguinte, por que eu não havia feito o ENADE (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), no entanto, ai que consta o problema: Eu não havia sido informada, nem pelo INEP (instituto vinculado ao MEC responsável pela avaliação da qualidade do ensino no Brasil) e muito menos pela faculdade que eu deveria fazer o referido Exame. Minha saúde já estava muito abalada, à época, por conta disso eu piorei e só consegui funcionar ainda por conta da adrenalina que estava a mil.
Bem, no dia seguinte, o mesmo dia da Colação de Grau, passei a madrugada fazendo um Mandado de Segurança com Pedido Liminar e fui até a faculdade pegar toda a documentação necessária para servir como prova. A maioria das pessoas da faculdade estavam bem descrentes se eu conseguiria colar grau, outras estavam dando total apoio. Pedi que um amigo assinasse o mandado e fomos para Justiça Federal - 1ª Região, dar entrada.
Bem, resumindo?! O Mandado foi protocolado às 12:00 hrs, julgado às 14:00 hrs e a faculdade foi notificada da decisão do juíz às 16:00 hrs...Às 18:30 eu estava na faculdade, assinando
a ata da Colação de Grau, com meu nome bem no começo da lista.
Primeiro, agradeço aos meus pais, meu irmão, meu namorado e meus amigos que acompanharam toda a minha saga com paciência, compreensão e serenidade; Agradeço ao anjo que caiu na minha vida, que é, pra mim, uma inspiração profissional, Profª Drª Mônica Teresa. Agradeço e congratulo o Tribunal Regional Federal - 1ª Região, aos juízes que o compõe, pelo comprometimento com os princípios basilares de Direito, que nos demonstra a faceta de uma justiça séria e célere, e que acaba por nos dar força, como operadores do Direito e dependentes do Poder Judiciário, e continuar acreditando em vossos trabalhos.
Resta aqui meu muitíssimo obrigada à todos!!! Foi uma batalha e tanto mas valeu muito a pena!

Beijos, queridos...depois volto com mais!!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Eu voltei...

Meus caríssimos,
Boa noite!!!

Vocês não têm idéia das aventuras pelas quais passei nos últimos meses. Pois muito bem, entre defesa de monografia, colação de grau conturbada, e o fato de ter colado grau sob ordem judicial...Somado à início de namoro [sim, fiquem felizes por mim, estou namorando o homem dos meus sonhos...Eu mereço!!!], término de algumas "amizades", e descoberta de novas, mais a necessidade de emprego, dinheiro, estudo para o Exame de Ordem...Ufffa!!! Cansei vocês, imagino...
Queridos, andei bem sumida, mas, como podem perceber, eu tinha motivos mais que justos. 2010 começou bem: muito estudo, esperando galgar um lugar melhor ao sol, muitos beijinhos e amorzinhos...Porém, como nem tudo é perfeito, um problema de saúde aqui e ali, para apimentar a vida, sabe... que irá resultar numa cirurgia, então ficarei mais um tempinho ai de molho, no entanto, não irei sumir, pelo menos tentarei não fazê-lo.

Hoje aconteceu uma situação chatinha: recebi um comentário num post antigo que fiz, quer dizer, nem tão antigo assim, datado do dia 13 de julho de 2009, chamado "Para maranhense entender" [http://pensamentosecoisaetal.blogspot.com/2009/07/para-maranhense-entender.html]. O comentário, tecido pelo Armando, afirmava que eu não havia feito a referência da autoria corretamente.
Pois muito bem: Venho a público, através deste meio de comunicação (não sei se tão frequentado ainda, em razão da ausência desta que vos fala) pedir as minhas mais humildes desculpas ao autor deste texto tão bem escrito que é o "Para maranhense entender" e explicar que fui induzida ao erro por motivos aleatórios, e que ressaltar que não é do meu feitio fazer esse tipo de coisa. Realmente, indiquei outra pessoa como autora, contudo, desde já, peço humildes desculpas.

Feito o pedido, fico por aqui...Eu preciso descansar, repor meus depósitos de hemoglobina, minhas taxas de ferro e vitaminas...rs, afinal, a cirurgia se aproxima!
Amanhã, retorno com um post legal (prometo!) e lendo os vossos blogs e fazendo meus comentários...rs

beijos enormes em vossos corações!!!